EXOBIOLOGIA - UFOLOGIA

27/06/2014 14:14

 

É necessário termos a cabeça bem fria para não nos deixarmos dominar pela vertigem que nos arrasta aos confins do desconhecido. Mas é preciso também sabermos utilizar a imaginação, porque chega o momento em que as ideias estabelecidas, as representações tradicionais, não servem senão para entravar a marcha para frente. É o que acontece nos dias de hoje.

Se há vida além, no universo, é coisa que ninguém pode se gabar de a ter comprovado. Contudo, a Astronomia, a Matemática e a Biologia, juntas, não deixam lugar para dúvidas. O que se sabe é que o universo é composto de galáxias ou conjuntos de estrelas. A nossa galáxia - Via Láctea - contém cem milhões de estrelas. Uma delas é o Sol. Pergunta-se: todas as estrelas têm planetas? O sistema Solar é o único?

Duas teorias existem: uma acidental, e poderíamos acrescentar narcisista. Uma outra estrela teria se aproximado do Sol e lhe teria arrancado pedaços de matéria, que teriam se transformado em planetas. O Sistema Solar seria assim o resultado de um acidente bastante rápido e nós também. Mas essa teoria já não se mantém em pé. Os materiais ejetados pelo Sol estariam em tal estado de incandescência que teriam escapado à sua atração.

Segundo a outra teoria, "natural", o Sol e os planetas, ao contrário, teriam se formado à mesma época, a partir de uma nebulosa de gás. Nesse caso, não teria havido para conosco regime de favor; tal fenômeno teria se repetido por toda a parte, havendo, portanto, grande número de planetas. Os telescópios mais possantes não nos permitem vê-los, ou ao menos percebê-los, tão fraco o clarão deles em contraste com a intensa fulguração das estrelas. Sabe-se que, entre as estrelas mais próximas, dezesseis pelo menos, estão "acompanhadas". E cinco delas, com certeza, por planetas.

Apresenta-se em seguida um problema de estatística: quais são as condições suficientes e necessárias para que a vida seja possível num planeta? Em primeiro lugar, uma distância razoável de seu sol, capaz de assegurar-lhe uma temperatura estável e temperada, bem como água, atmosfera e uma idade de, pelo menos, 3 bilhões de anos. Sebastian Von Hoerner, do observatório de Green Bank (Estados Unidos), declarou num congresso internacional de astronáutica, realizado em 1972, em Viena: "é, certamente, impossível dizer com exatidão quantos planetas são habitáveis em nossa galáxia. Mas, uma vez feitos todos os cálculos, podemos dizer que a proporção existente é de cerca de 1%, ou seja, um bilhão de planetas.

Apresenta-se, em seguida, o problema da vida. E somos levados a um novo impulso de narcisismo. A vida, afirma-se geralmente, é um acidente com pouquíssimas possibilidades de se produzir. Uma, em vários bilhões, talvez; assim, nós, os homens, teríamos tirado sozinhos, o grande prêmio da loteria universal. Entretanto, mesmo na roleta, existem as repetições do número, ou séries. Falando mais seriamente, ou, pelo menos, alguns biólogos, estão cada vez mais convencidos de que o nascimento da vida é essencialmente uma questão de meio, aquilo que eles chamam "sopa primitiva". Tome-se um pouco de hidrogênio, de metano, de amoníaco, algumas gotas de vapor de água, e se tudo isso for bombardeado intensamente pelos raios solares, aparecerão moléculas orgânicas, tal como na Terra, em sua tenra idade.

É essa a famosa síntese do biólogo soviético Oparine, que o norte-americano Stanley Miller veio tentando recriar em laboratório durante vários anos.

Oparine, por sua vez, conseguiu bons resultados. De qualquer modo, recebeu dois anos depois, uma confirmação séria, sob a forma de condrites, espécies de meteoritos que chegam à Terra, portadores de moléculas orgânicas extra-galáticas. O que mostra que as condições de vida, quando menos, existem no espaço.

Por que havemos de recusar aos planetas o que nós recebemos, inclusive inteligência? Se a vida nasceu há milhões de anos, ou mesmo em alguns planetas, ela deve ter seguido sua lógica até o fim. E daí? É isso: há poucas possibilidades de que a Terra seja o único planeta habitado no Universo, sobretudo levando-se em conta o fato de que há dezenas de bilhões de galáxias, que contam, cada uma, dezenas de bilhões de estrelas, com os planetas correspondentes.

Mas é aí mesmo que começam os problemas. Porque nem todos nós somos gêmeos.

Essa civilizações esparsas, supondo-se que elas existam distantes umas das outras, vários anos luz (sabendo-se que a velocidade da luz é de mais ou menos 300 mil Km por segundo), certamente não evoluíram ao mesmo tempo. Nem do mesmo modo. Imaginemos que a nossa história conhecida, não tenha mais de quatro mil anos.

E imaginamos que quatro mil anos, na escala do universo, não passam de alguns minutos. Basta portanto, uma ínfima diferença cronológica, no ponto de partida, para que certas civilizações de nossa galáxia ainda não conheçam o "equivalente do Homem". Ou para que outras, ao contrário, tenham sobre nosso planeta tal avanço que, de ora em diante, nos seja impossível acompanhá-las. Eliane Frank e Denis Winter, alunos do Liceu Jean Philippe, de Versailes, fizeram um inquérito entre os habitantes de sua cidade, sobre seres extraterrenos, e obtiveram a seguinte resposta: que visão do mundo pode ter uma formiga? Ela evidentemente não nos vê do mesmo modo que nós próprios nos vemos. Podemos nós, por nossa vez, afirmar que não somos meras formigas em face de outra espécie?

Provavelmente há milhões de seres a menos de cinquenta anos luz, com os quais temos a possibilidade de um dias nos comunicar para trocarmos informações preciosas. Como? Nesse domínio, os astrônomos e biólogos mais ousados só admitem a possibilidade de intercâmbio pelo rádio. Nada, no estado atual dos nossos conhecimentos, nos permite crer que um dia seremos capazes de transpor a barreira do tempo. Mesmo que se trate apenas de quinze anos luz, distância à qual Von Hoerner acredita que possa se encontrar a civilização mais próxima de nós. Certo, a técnica de hibernação, imaginada por Arthur Clarke no livro 2001 - Odisséia no Espaço -, será realizada num futuro próximo. Mas o problema do regresso permaneceria insolúvel.

Resta-nos o rádio. Para que uma mensagem vá e volte ao ponto de partida serão necessários vinte ou mais, embora as ondas de rádio tenham a mesma velocidade da luz.

Mas, uma reportagem de jornal, da folha n.º 4, do Arquivo Ufológico da SIFETE -Pesquisa Científica, nos revela: "-MOSCOU- Os cientistas soviéticos registraram ontem, novos sinais de rádio vindos do espaço e admitem a possibilidade de terem sido enviados por alguma civilização remota.

A agência da extinta União Soviética TASS informou que "os sinais espaciais nunca tinham sido recebidos pelos cientistas soviéticos e é possível que tenham sido enviados por alguma civilização extraterrena, tecnicamente desenvolvida".

A agência informava também que os sinais foram captados em Gorki, e posteriormente, em outras cidades. Segundo o professor Samuel Kaplan, da Universidade de Gorki, seria muito cedo ainda, para saber se os sinais eram, realmente, de origem natural ou artificial.

Observou que eles poderiam vir dos setores superiores da atmosfera e que é evidente que não foram emitidos por satélites artificiais da Terra.

" Os sinais duram vários minutos e se repetem várias vezes por dia", disse Kaplan. Mais de trinta cientistas soviéticos tentaram localizar os sinais de rádio enviados por civilizações extraterrenas.

A mesma reportagem encontrada em outro jornal, da folha 40 do Arquivo Ufológico da SIFETE - Pesquisa Científica: Os cientistas soviéticos captaram do espaço sinais radiofônicos que eles consideraram "estranhos". Segundo anunciou a agência TASS, "sinais como estes nunca foram recebidos antes" e "não se exclui a possibilidade de que eles procedam de uma civilização extraterrena com grandes conhecimentos técnicos".

"O primeiro a captar esses sinais - pulsações que se repetiam diariamente, por determinados períodos de tempo - foi o Prof. Samuel Kaplan, da Universidade de Gorki; mais tarde, as emissões foram captadas em outras cidades soviéticas".

As informações confirmaram as afirmativas do astrônomo russo Nicolai Kardachev, segundo as quais é possível que uma civilização de seres altamente dotados esteja tentando se comunicar com a Terra.

Foi em 12 de abril de 1965 que Nicolai Kardachev informou que há algum tempo vinham observando sinais procedentes de um lugar no espaço muito próximo do ponto chamado CTA 102, onde cientistas norte-americanos localizaram emissões de sinais periódicos em 1960.

Para os que creem na existência de uma relação entre as emissoras de sinais e o aparecimento de discos voadores, o que foi captado pelos cientistas soviéticos, procederia desses objetos, "naves de outras civilizações".

Mas também acerca disto não há nada que confirme estas especulações. De qualquer maneira, os astrônomos russos parecem estar convencidos de que os sinais recebidos por eles nada têm a ver com "emissões de fontes de rádio naturais", como aqueles que procedem de distúrbios atmosféricos, de atividades estelares ou mesmo da coroa do Sol.

Mas se quisermos utilizar o rádio para transmitir mensagens teríamos um problema. Em que língua deve ser redigida esta mensagem se já é tão difícil nos fazer compreender de um ponto a outro do nosso planeta?

A 27 de fevereiro de 1972, os norte-americanos lançaram uma cápsula espacial, a PIONNER 10, desenvolvendo uma velocidade aproximada de 14 Km/seg. (a maior obtida até então). Viajou da Terra a Júpiter e ali chegou em dezembro de 1973, após um cruzeiro de um ano e nove meses.

Mas o percurso até Júpiter, uma curva aberta que é 960 milhões de Km, é 44.437 vezes menor que o necessário para se chegar à estrela que é nossa vizinha, onde a PIONNER 10, chegaria depois de uma viagem de 77.608 anos, com tolerância para pouco mais ou pouco menor, conforme a curvatura da trajetória e a velocidade e direção do movimento da estrela de destino.

Como não se sabe o que poderá ser encontrado nessa trajetória, três cientistas de renome, Frank Drake, Carl e Linda Sagan, fabricaram uma mensagem destinada a fazer compreender aos "eventuais destinatários" onde estamos e quem somos. Eles gravaram numa placa de alumínio, anodizado a ouro, um casal nu, tendo o homem a mão direita espalmada, a fim de indicar a cifra 5. Ao lado, figuras geométricas, traços e pontos na linguagem binária (computação) - conforme figura. Os três astrônomos declararam: "ainda que esta mensagem seja muito "humana", esperamos que uma civilização tecnicamente avançada seja capaz de decifrá-la"

** Símbolos inscritos na plaqueta de alumínio anodizado a ouro, que a PIONNER 10 está levando para fora do nosso sistema solar, fixada no suporte da antena. Os desenhos, orientados quanto à parte matemática por Drake e Sagan e elaborados pela esposa deste, Linda, visam a provocar a seguinte interpretação por inteligências com desenvolvimento científico que existam no espaço cósmico:

  1. Contorno do PIONNER.
  2. Uma figura humana para cada sexo (em dimensão proporcional à do PIONNER). 
  3. Átomo de hidrogênio em mudança de estado energético (a emissão de onda de 21 cm é pista dimensional).
  4. 14 linhas representando outros tantos pulsares específicos, reconhecíveis pelas respectivas frequências, proporcionalmente indicadas.
  5. Representação da distância entre o Sol e o centro de nossa galáxia.
  6. Representação do nosso sistema solar, e da rota inicial do PIONNER 10.

Na verdade, se dermos crédito ao cientista soviético Kardachev, a história de todas as civilizações tecnicamente avançadas, poderia ser resumida assim: no 1.º tempo, ela esgota toda a sua energia disponível (é o que está prestes a acontecer conosco), e, no segundo tempo, ela aprende a dominar a energia do Sistema Solar e por fim, de toda uma galáxia. Uma variedade interessante foi introduzida pelo americano Freeman Dyson: no 2.º tempo, seria possível construir, a partir de um planeta (como Júpiter), uma espécie de concha esférica em torno do Sol, de modo que a energia não se dispersasse, passando a se concentrar na Terra. Pode dar-se, diz Dyson, em certas estrelas cujo brilho é muito intenso, que possam ser a sede de civilizações que alcançaram tal nível.

Aos sábios, como se vê, não falta imaginação. Salvo quando se trata do regresso à Terra. É fácil, para eles, o que poderiam fazer os "outros" e mesmo o que poderíamos fazer no planeta dos "outros". Mas aqui mesmo, entre nós, podemos estar certos de que não aconteceria nada?

"NÃO SABEMOS PARA ONDE VAMOS, MAS ESTAMOS A CAMINHO"