VIAJANTE
De uma estrela tão distante
nasceu um amor constante.
Brilho forte, cor vibrante,
se aproxima o viajante.
Venho de longe, dizia.
De um mundo cheio de amor.
De onde a hipocrisia
morreu junto com a dor.
Desconheço a tristeza,
descreio a melancolia.
Trago comigo a certeza,
de um mundo de poesia.
Falo do homem e da terra,
falo do fruto e da flor.
Falo da vida que encerra
a eternidade de amor.
Não trago ouro nem prata,
e nem pedras preciosas.
Trago apenas a palavra,
da ternura grandiosa.
Cheguei para não partir.
Vou ficar neste regato.
Dou amor, não cobro a vir.
Quero ser fruto do mato,
que nasce espontaneamente
de um grãozinho de semente.
Omar Carline Bueno