PRENDAM O DIABO

18/01/2017 16:33

Se real ou imaginário, o certo é que o Diabo nada mais é que um freio. O próprio homem criou ante a grande necessidade de frear suas liberdades. É preciso que o ser humano limite seus instintos. Liberar o instinto é ilimitar o relacionamento com outros seres humanos.

 

O homem criou regras. A sociedade criou normas. Administrar o errado, o proibido, fica mais fácil quando se tem um aliado poderoso e inatingível. Assim, a força do demônio, de forma aterrorizante, arrasta para seus domínios de dor e sofrimento todo aquele que se opõe às regras estabelecidas.

 

A figura do diabo cria forças na proporção das conquistas sociais. E o Diabo, ganha seu ciclo entre o esquecimento e o prestígio.

 

Há quem afirme que o Diabo existe. Que é um ser real criado por Deus e que sucumbido pelo desejo do poder foi expulso do paraíso juntamente com um terço dos anjos que optaram por segui-lo.

 

Dentro da própria Igreja, encontramos facções que aceitam os endemoniados como possuídos e, portanto, necessitados de exorcismo, como também há aqueles que afirmam, como o Padre Quevedo, Parapsicólogo convicto, que a possessão nada mais é do que um fenômeno paranormal.

 

Nesse conflito entre os que aceitam a possessão e os que não aceitam, a própria personalidade de Jesus Cristo acaba sendo colocada à prova, segundo as afirmações da bíblia. Afinal, o Novo Testamento narra inúmeras possessões sobre as quais o próprio Jesus efetuou o exorcismo.

 

Mas o Diabo existe. Afinal, é um substantivo concreto. E dentro dessa concreticidade, se posta como o irreconciliável inimigo do homem. É o espírito do mal, o rei do inferno. Dono de uma legião de outros diabos semelhantes. Dono do poder das trevas. Sob uma de suas inúmeras formas, a do bode, se curvavam e o reverenciavam bruxas e feiticeiros.

 

Nesse conceito, Satanás ou Lúcifer, como o Diabo maior, comanda todo um reino infernal composto de uma hierarquia onde figuram diferentes classes, segundo os mais renomados demonólogos. Nas divisões dessa grande monarquia, legiões de diabos, cada um com seu título e função, conforme seu poder e importância.

 

Príncipes, Grão-duques, Ministros, Generais, Condes etc. perfilam suas formas e poderes carregando com eles seus milhares de asseclas.

 

Na hierarquia mais aceita pelos autores, especialistas no assunto, temos: Lúcifer como o grande imperador. Belzebu, denominado príncipe. Depois vem Astaroth (também mencionado no Velho Testamento), como Grão-duque. Esses são os grandes espíritos que encabeçam o reino do inferno.

 

Dirigindo toda a potência dada aos outros inúmeros espíritos maus e às centenas de legiões vêm: Lucifugo, Primeiro Ministro; Satanachia e Agliareth como Grão-generais; Fleuretti, Tenente-general; Sargatanas, Brigadeiro; Nebiros, Marechal de Campo.

 

Para ser servido por qualquer espírito é preciso pactuar com um desses seis chefes. Nenhum espírito pode servir qualquer humano sem que tenha a autorização de um desses chefes principais.

 

A conclusão é óbvia: mais vale um Chefe na mão, e que aceita e perdoa seus erros, do que vários chefes endemoniados que podem fazer da sua vida um inferno.

 

Fica a dica.

 

Omar Carline Bueno