I EXPEDIÇÃO ARQUEOLÓGICA (4.ª Parte)
Os dois últimos achados, da matéria anterior, de um período mais recente, foram encontrados às margens do Rio do Peixe.
Após um dia inteiro de pesquisas, constatamos a presença de um polidor, ou seja, pedra de polir. Eram milhões de pedras que se estendiam pela região e o encontro de algo não natural, era praticamente um milagre. Esse polidor, tinha uma das faces incrivelmente plana. Uma lâmina de barbear que fosse passada ali não sofreria sequer o menor deslize. Os utensílios, aliás encontrados à flor da terra, estão em poder da SIFETE, exceto o arado do qual o Sr. Dino não quis se dispor, apesar da insistência.
Foto: Omar Bueno
A peça, semelhante a um arado, abria-se como um compasso, em duas pernas com 35cm e 29cm respectivamente, em um ângulo de 40 graus.
Soubemos no entanto, que o rio na época das cheias, inundava todo o vale, sendo portanto mais provável que os objetos tivessem sido transportados através da correnteza, motivo esse, da imensa quantidade de pedras predominante no vale.
No dia 29/03/75, bem cedo, já déramos início em nossos trabalhos. Daí em diante, o Sr. Dino nos guiaria.
A 12 quilômetros do nosso alojamento existia um vale no fundo de um desfiladeiro que segundo o Sr. Dino fora habitado há alguns séculos. Segundo a tradição, século XVIII possivelmente. Partimos pela manhã e andamos grande parte dela fazendo paradas para descanso e para que pudéssemos documentar, através de fotos, o nosso percurso.