I EXPEDIÇÃO ARQUEOLÓGICA (4.ª Parte)

29/08/2014 11:11

 

Os dois últimos achados, da matéria anterior, de um período mais recente, foram encontrados às margens do Rio do Peixe.

Após um dia inteiro de pesquisas, constatamos a presença de um polidor, ou seja, pedra de polir. Eram milhões de pedras que se estendiam pela região e o encontro de algo não natural, era praticamente um milagre. Esse polidor, tinha uma das faces incrivelmente plana. Uma lâmina de barbear que fosse passada ali não sofreria sequer o menor deslize. Os utensílios, aliás encontrados à flor da terra, estão em poder da SIFETE, exceto o arado do qual o Sr. Dino não quis se dispor, apesar da insistência.

Foto: Omar Bueno

A peça, semelhante a um arado, abria-se como um compasso, em duas pernas com 35cm e 29cm respectivamente, em um ângulo de 40 graus.

 

Soubemos no entanto, que o rio na época das cheias, inundava todo o vale, sendo portanto mais provável que os objetos tivessem sido transportados através da correnteza, motivo esse, da imensa quantidade de pedras predominante no vale.

 

No dia 29/03/75, bem cedo, já déramos início em nossos trabalhos. Daí em diante, o Sr. Dino nos guiaria.

A 12 quilômetros do nosso alojamento existia um vale no fundo de um desfiladeiro que segundo o Sr. Dino fora habitado há alguns séculos. Segundo a tradição, século XVIII possivelmente. Partimos pela manhã e andamos grande parte dela fazendo paradas para descanso e para que pudéssemos documentar, através de fotos, o nosso percurso.